quarta-feira, 30 de junho de 2010

2ª Noite de Filó ocorre dia 10 no Alfredo Chaves

Objetivo é reviver hábitos e costumes dos imigrantes italianos

     Os filós eram momentos de diversão. O objetivo era narrar as histórias do início da colonização, desde a partida da Itália até as notícias da época vivida, que só chegavam por cartas ou por algum viajante. Num período em que rádio e telefone não eram comuns e a televisão nem se quer existia, quem viajava, voltava cheio de novidades e as notícias eram então contadas de uma vez só para um grande público, sempre à noite. Hoje, em tempos de redes sociais virtuais, em que as notícias chegam simultaneamente ao momento que acontecem, alguns descendentes prezam por resgatar estas Noites de Filó. Para reviver e manter presente na memória da população os hábitos e os costumes daqueles que fizeram a história da região, no dia 10 de julho, a partir das 18h30min, no salão comunitário do Travessão Alfredo Chaves, em Flores da Cunha, ocorre a 2ª Noite de Filó. O evento contará com apresentações artísticas e culturais de talentos locais: gaiteiros, contadores de histórias, bandas, corais e o grupo de danças folclóricas Il Passeto.

    A professora Fátima Caldart Galiotto e o radialista Valentin Coloda – que em Flores da Cunha já levam a fama de grandes humoristas – coordenam a animação. Comidas e bebidas típicas, do tempo da realização dos filós, serão preparadas por moradores da comunidade e comercializadas na noite.

     Conforme a professora e pesquisadora Gissely Lovatto Vailatti essas iniciativas comunitárias formam um dos principais elos entre o passado e o presente. “São elas que ajudam a manter presente na memória das pessoas as experiências de outrora. São elas que cativam e motivam o reconhecimento da importância das coisas que fizeram a história da comunidade e da região onde está inserida”, reflete. Ela reforça que, com o passar do tempo, essas realizações de agora também formarão a história. “O Travessão Alfredo Chaves aos poucos tem mostrado que faz jus ao rico e importante passado que permeou os primórdios da colonização italiana. Nessas comemorações aos 135 anos de imigração italiana no Rio Grande do Sul, é mais do que oportuno oferecer, especialmente às crianças, algumas vivências de quatro ou cinco gerações atrás, que as motivem a buscarem suas origens”, conclui.

     O evento é aberto ao público. O Filó integra a programação dos 135 anos de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul. O evento é uma promoção integrada entre Associação dos Produtores de Arte e Cultura de Flores da Cunha, Circolo Vicentini de Flores da Cunha e Associação dos Amigos do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi. A realização tem o apoio da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto da Prefeitura de Flores da Cunha, Roteiro Turístico Caminhos da Colônia, da Associação dos Amigos de Otávio Rocha, do jornal O Florense e da Escola Municipal Francisco Zilli. Confira mais informações no site http://travalfredochaves-125anos.blogspot.com ou pelo e-mail: trav.alfredochaves@gmail.com

Confira a programação completa:

SÁBADO, 10 DE JULHO

18h30min
NOITE DE FILÓ TRAVESSÃO ALFREDO CHAVES
Apresentações Artísticas e Culturais, Música e Exposições.
Informações com Josimar Gelain ou Vainer Malacarne (54) 3297.5203

SÁBADO E DOMINGO, 24 E 25 DE JULHO
FESTA DA COLÔNIA, em Otávio Rocha
Música, Comida Típica e Apresentações Artísticas e Culturais
Informações com Floriano Molon fmolon@cpovo.net

QUINTA-FEIRA, 27 DE JULHO
19h
NOITE CULTURAL NA COOPERATIVA DE OTÁVIO ROCHA
Apresentações Artísticas e Culturais e Exposições
Informações com Floriano Molon fmolon@cpovo.net ou Escola Francisco Zilli (54) 3279.1075

SÁBADO, 21 DE AGOSTO
OFICINA DE HISTÓRIA ORAL
Tema: “Talian, patrimônio cultural da imigração”
Ministrante: Gissely Lovatto Vailatti
(Professora de História e pesquisadora)
Duração: 20h/aula com certificado de participação expedido pela SMECD
Período: Sábados pela manhã, a partir de 21 de Agosto.
Local: Núcleo de Produção Audiovisual Maria Della Costa
Horário: das 8h30min às 11h30min
Inscrições: gissely@brturbo.com.br  | 54.3292.5901
Valor da inscrição: R$ 25,00 (público em geral) e R$ 20,00 (sócios das entidades apoiadoras do evento e associação de professores)
VAGAS LIMITADAS PARA ATÉ 15 PESSOAS.

20h
Espetáculo teatral Le Donne Curiose, Grupo Míseri Coloni
Salão Paroquial de Flores da Cunha
Ingressos: R$ 7 e R$ 5 para associações e entidades (mediante apresentação da carteirinha).
Pontos de Venda: Minha Cultura (Rua John Kennedy, 2.150, sala 6), Gráfica Lige (Rua Dr. Montaury, 258), Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi (Av. 25 de Julho, 1.608).
Informações com Taís Carpeggiani (54) 3292.5340

SÁBADO, 18 DE SETEMBRO

20h
NOTTE DE CIÁCOLE “Sta sera parlemo sol talian”
Uma noite para conversar em Talian e se divertir.
Local: Vinícola Salvador (Rua Júlio de Castilhos, 1.880)
Haverá vinhos, sucos e espumantes, pratos quentes e frios à venda.
Entrega dos certificados da Oficina de História Oral
Sugestão: Traje típico colonial (opcional).
Entrada franca com convite
Convites e Informações: Camila Pauletti | (54) 3292.6161 ou amah.floresdacunha@gmail.com

SÁBADO, 25 DE SETEMBRO
PASSEIO PELAS VINÍCOLAS DA APROMONTES | Vinhos dos Altos Montes
Roteiro e Horários: a definir
Informações e reservas: Camila Pauletti | (54) 3292.6161 ou amah.floresdacunha@gmail.com

QUINTA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO
19h30min

EXIBIÇÃO DO FILME “L'ALBERO DEGLI ZOCCOLI”
(A Árvore dos Tamancos)
Local: Espaço Cultural São José (Rua Barros Cassal, 777)
Entrada Franca
Informações: vicentini.floresdacunha@gmail.com

OUTROS EVENTOS
- Inauguração do Monumento aos 125 Anos de Colonização Italiana no Travessão Alfredo Chaves.
- Conclusão e publicação da pesquisa sobre os 125 anos de Colonização do Travessão Alfredo Chaves
- Lançamento do filme “Travessão Alfredo Chaves - 125 anos”
- Exposições temporárias “Mãos que Tecem”.
Organização: Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi

terça-feira, 29 de junho de 2010

A Sequência da História

No intuito de interagir com os visitantes, durante o 9º Tête-à-Tête, a apac disponibilizou um livro e uma tela com trabalhos incompletos. A intenção era que o público deixasse sua marca na tela e desse sequência à história. E foi o que fizeram, o resultado, foram essas duas maluquices:

A Tela
A História
Tudo começa quando dois meninos se perdem num bosque e dão de cara com uma casa. Aparentemente é uma casa comum, mas tudo muda quando um suposto morador abre a porta e chama os garotos. O que será que eles vão fazer?
(...)
O morador, de pele envelhecida, olha para os garotos e diz:
- Vocês são os meninos que vieram para limpar a piscina?
Os garotos se entreolham e percebem que todos estão a fim de encarar uma aventura. É Gustavo quem responde:
- Somos nós sim. O senhor tem o equipamento, não tem?
(...)
Nós viemos aqui para nadar e brincar na piscina. Após nadarmos e brincarmos vamos ajudar o senhor limpar a mesma, ok?
(...)
Temos que limpar as mesas e tirar as cores? Não!!! Por que?
Porque eu gosto das cores e acho que todos gostam, né pessoal? É!!!
(...)
Não, nós não gostamos porque fomos criados com os lobos e os lobos não enxergam as cores. E agora?
(...)
Eles não sabiam o que fazer, quando de repente, olharam todos para o céu e começaram a se perguntar:
- É um pássaro?!
- É um avião?!
- NÃO, É UMA GALINHA CÓSMICA!
E a galinha cósmica veio do espaço para salvar todos eles.
Galinhas cósmicas não eram as coisas mais lindas do universo, mas também não eram as mais feias.
Podiam ser seres alheios... mas poxa, eram galinhas cósmicas... GALINHAS CÓSMICAS.
Por Deus... qual pessoa iria degustar uretra de galinha? Eram incolores...
(...)
Uma galinha cósmica não poderia realmente salvar todos, não sozinha. Ela precisaria da ajuda... Ajuda e parceria do Galito.
(...)
O Galito que está na Feira de Inverno agora irá tirar férias para ajudar a galinha cósmica. Eles irão montar o grupo que nos irá salvar. Eles tem super poderes.
(...)
Então eu me pergunto: do que ela nos salvaria? Afinal, uma galinha cósmica faria ovos cósmicos, certo?! Se ao menos fossem de ouro, quem sabe esta história alguém saia mais rico, mas nada de colocá-los na cueca. Que por aqui isso é muito comum.
Enfim, a galinha também quer nadar na piscina?
(...)
“Ninguém com penas pode nadar”, disse o dono da casa, que era fã de teletubies. Então o que farão? Eles disseram: “É hora de dar tchau”.
(...)
Então os meninos foram embora, encontraram-se com sua amiga Jude. Combinaram de ir jogar futebol no campinha público...
(...)
Nós, mãe, pai, marido e filha assistimos o segundo jogo do Brasil na Copa contra Costa do Marfim, foram três goleadas contra uma. Família feliz torcendo pela seleção.
(...)
É nóis Keiróis! Eu trabalhei e não consegui ver o jogo do Brasil! Meida!!!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

9º Tête-à-tête ocorre na Feira de Inverno

Sarau envolve teatro, música, poesia, literatura e artes plásticas

     A apac – associação de produtores de arte e cultura de Flores da Cunha – promove o 9º Sarau Tête-à-tête, integrado à programação da Feira de Inverno, no Parque da Vindima Eloy Kunz. A atividade ocorre no domingo, dia 20, a partir das 14h. Teatro, música, poesia, literatura e artes plásticas são algumas das manifestações que o público poderá acompanhar.

     Na abertura do sarau, a esquete teatral Lost na Feira de Inverno, apresenta uma família de turistas, natural de um vilarejo pequeno e esquecido. Sempre viajando e tentando a sorte, o destino os leva a cidade de Flores da Cunha. Hernades não imaginava que se perderia de sua esposa Mercedes e de seus três filhos Julieta, Bebinho e Iracema. Para se reencontrarem, eles precisam da ajuda dos visitantes e causam confusão com seu sotaque espanhol.

     Formada por Guilherme Dias, no vocal e guitarra; Fabrício Dias vocal e baixo; e Jean Tiago, guitarra e backvocal; a Torones (a pronuncia é Torrones) já soma cerca de 50 canções autorais prontas para gravação. As influências do grupo percorrem por bandas de diferentes estilos como Legião Urbana e Iron Maiden e passam ainda por livros e filmes.

     Durante as apresentações, o público poderá prestigiar a exposição itinerante Na Ponta da Caneta, produzida pelo Museu e Arquivo Histórico Municipal Pedro Rossi, em 2007. Por meio de 10 banners, a mostra apresenta a biografia e a obra de 17 escritores que nasceram em Flores da Cunha ou lançaram livros no município, escrevendo romances, poesias e a história regional até o ano 2000. A proposta é resgatar e valorizar a produção literária local e sua difusão entre a população com a finalidade de reconhecer o trabalho dos escritores.

     No intuito de interagir com os visitantes, estarão dispostos um livro e uma tela com um trabalho incompleto. A intenção é que o público deixe sua marca na tela e dê sequência à história.

Foto: Marcio Oliveira